FOTO 9 MANGUALDE ANTIGO
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Adega Cooperativa de Mangualde
A Adega Cooperativa de Mangualde nasce na década de 60, década marcada pela valorização, expansão e implementação do espírito e dos valores cooperativos em Portugal.
Assim, no dia 4 de Dezembro de 1963, assente em valores democráticos e de responsabilidade social, é constituída a Adega Cooperativa de Mangualde, CRL., por escritura pública.
Na década de 70, a Adega, já com sede própria, laborava pela primeira vez, aproximadamente meio milhão de quilos de uvas dos seus cooperantes produtores de uvas. Sem recursos a apoios estatais, foram os cooperantes a origem de todo o capital investido.
Na década de 90, iniciou-se um processo de investimento e modernização, quer ao nível de instalações, quer ao nível de equipamentos laboratoriais e de controlo de qualidade dos vinhos. Pela primeira vez, a Adega recorreu a fundos estatais e comunitários, construindo um centro de vinificação e estabilização para vinhos e investindo numa linha de engarrafamento própria. Também ao nível de recursos humanos houve uma aposta na formação e contratação de pessoal qualificado nas áreas de enologia e gestão e foram desenvolvidas parcerias com entidades e instituições locais.
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BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE MANGUALDE
Primeiros bombeiros Voluntários de mangualde.
Da Esqª. para Drtª
José dos Santos Costa; Joaquim Costa; Arnaldo Pais Jorge; Bernardino Marques;
Arlindo Laires Ferreira da Silva; Dr. José Henriques Pereira; Marcelino Correia de Carvalho;
Albertino Laires Ferreira da Silva; Fernando Duarte Lopes; Eugénio Casimiro Taborda Pessoa; José Pessoa;
Artur Pessoa de Sousa; Adelino Soares Pinto; António Loureiro Pinto de Albuquerque; Ernesto Madeira
Em Mangualde, no ano de 1902, um entusiasta da causa humanitária, de seu nome António Alves Pereira, mais conhecido por Maçareco, meteu mãos à obra na construção de uma bomba braçal, e mais tarde no ano de 1909, na construção de uma segunda.
Bomba braçal
Estas bombas eram utilizadas por ele próprio no combate aos incêndios. Quando acontecia algum fogo urbano, o sino que ainda hoje se encontra no edifício dos Paços do Concelho, tocava a rebate.
Para acudir a esses incêndios, lá aparecia o Maçareco montado na sua bicicleta com um letreiro dizendo BV (Bombeiro Voluntário), tocando uma corneta para abrir caminho e para chamar as pessoas que o ajudavam com cântaros de água a abastecer o tanque de lona das suas bombas. Atrás de si vinham os empregados da sua oficina, empurrando o ou os, não se sabe bem, carros equipados com as ditas bombas braçais, que funcionavam eficazmente.
O entusiasmo e o espírito de iniciativa deste homem, foram sem dúvida preponderantes e necessários para os primeiros passos que culminaram com a criação oficial da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mangualde, no ano de 1929.
(fonte:site dos Bombeiros Voluntários de Mangualde)
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A irmandade da Misericórdia de Mangualde
A irmandade da Misericórdia de Mangualde foi criada em 16 de Março de 1613, por alvará do rei D. Filipe II.
Inicialmente, a Irmandade foi erecta na primitiva ermida de Nossa Senhora do Castelo, construída em finais do século XIV e demolida por volta de 1836, altura em que se inaugura a nova Igreja, no topo do Monte.
O incómodo da distância da ermida à vila levou a Irmandade a sediar-se na Igreja Matriz de São Julião, onde se manteve até 15 de Agosto de 1724.
A falta de sede própria para o exercício das “obras e actos da sua obrigação, na forma dos compromissos do Reino”, galvanizou a Irmandade, liderada pelo provedor Simão Pais de Amaral, à construção da actual Igreja da Misericórdia e casa do despacho, a partir de 1721, concretizando-se, assim, um sonho antigo. A Irmandade, a partir de 1724, sedia-se na Igreja da Misericórdia. A Santa Casa da Misericórdia está na génese da acção social do concelho de Mangualde, pois a ela se deve o apoio e auxílio aos mais desfavorecidos e carenciados.
À Santa Casa da Misericórdia se deve a instalação dos primeiros cuidados de saúde, com a criação e instalação do Hospital da Misericórdia, inaugurado em 1909, obra nascida da vontade do Dr. José António de Almeida.
Em 1956 é inaugurado novo Hospital, transformado em hospital sub-regional, impulsionadopor Manuel Amaral Marques.
Construído o novo Hospital, o antigo foi demolido, dando lugar, à construção do Lar Morgado do Cruzeiro, inaugurado em 28 de Dezembro de 1975.
Nos pós 25 de Abril de 1974, o Hospital foi transformado em Centro de Saúde, para voltar à posse plena da Santa Casa como Unidade de Cuidados Continuados, a qual foi inaugurada no dia 14 de Março de 2012, com uma capacidade de 38 camas.
Já na década de 80, foi perspectivado a construção de um novo lar que depois de aprovado foi inaugurado a 30 de Abril de 1994, com o nome de Lar Nossa Senhora da Amparo.
Decorrente da necessidade de aumentar a sua capacidade de respostas sociais, no dia dezanove de Março de 2007 é criada a valência Creche (Creche “Mariazinha Lemos”), com uma capacidade de 42 crianças.
Actualmente a Santa Casa da Misericórdia é constituída pelo lar Morgado do Cruzeiro, Lar N.Sª. da Amparo, Creche Mariazinha Lemos e pela Unidade de Cuidados Continuados Integrados, com uma capacidade de resposta para cerca de 230 utentes.
O funcionamento da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde garante 140 postos de trabalho diretos.
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A capela do rebelo de Mangualde
A capela do Rebelo deve a sua designação mais comum ao facto de ter pertencido à casa da família com o mesmo nome. Contudo, a capela foi, originalmente, dedicada a Nossa Senhora do Desterro ou a Jesus, Maria e José, beneficiando de uma especial devoção por parte da população, que aderia entusiasticamente às festas patrocinadas pelos mordomos da Capela.
De facto, José Rebelo Castelo Branco, natural de Roriz, estabeleceu-se em Mangualde através do casamento com D. Clara Maria do Couto, fixando a sua residência nas casas que hoje acolhem a Câmara Municipal. A capela é uma intervenção posterior, tendo sido fundada em 1742, no contexto de uma dinâmica de renovação da casa de José Rebelo, que este pretendeu dignificar com a edificação de um pequeno templo anexo.
A sua construção foi relativamente rápida, uma vez que, no ano seguinte, decorria já todo o processo que conduziu à bênção da capela, numa cerimónia presidida pelo padre Gabriel Monteiro.
Resultou desta obra um espaço de características barrocas, com planta longitudinal que articula os dois rectângulos correspondentes à nave e à capela-mor, devidamente separadas pelo arco triunfal. A ligação à antiga Casa do Rebelo é feita a partir do coro que, do lado oposto, comunica com o varandim presente na única fachada lateral.
A frontaria da capela destaca-se por ser elevada em relação ao pavimento, sendo necessário percorrer os oito degraus semicirculares para aceder ao portal de entrada. Da sua composição ressalta a semelhança com a fachada da igreja da Misericórdia de Mangualde, desenhada por Gaspar Ferreira, ainda que no caso da Capela do Rebelo, o movimento seja sugerido pelas volutas adossadas no frontão triangular e não através do recorte do próprio frontão, como acontece na Misericórdia.
Na restante composição as semelhanças entre as duas frontarias tendem a diluir-se. Na capela do Rebelo o portal é ladeado por pilastras e rematado por frontão de volutas. Este último é interrompido pelo nicho de remate semicircular, que imprime essa mesma forma à cornija. Ladeiam o portal duas janelas de moldura recta, com frontão semicircular.
No interior, ganha especial relevância o retábulo-mor, de desenho invulgar, que apresenta tribuna de grandes dimensões, em cujo trono é exibido o conjunto escultórico representando Nossa Senhora, São José e o Menino, ou seja, a Sagrada Família no regresso da Fuga para o Egipto, também considerado como um período de Desterro. Na base encontram-se as imagens de São Bartolomeu e de Santa Gertrudes, a primeira das quais pertencente a uma outra capela dedicada ao santo, demolida no primeiro quartel do século XVIII. Por esta razão, José Rebelo comprou a imagem em 1738, por mil quatrocentos e quarenta reis. Na zona superior do retábulo, o tímpano é formado por um painel com a imagem do Padre Eterno.
Aberto para a capela-mor, encontra-se ainda uma tribuna, que constituía um espaço privilegiado de onde a família Rebelo assisitia aos ofícios divinos.
De acordo com os estudos de Alexandre Alves, a descendência desta família não foi muito feliz, acabando o ramo por se extinguir no século XIX. Assim, foi já uma herdeira afastada que vendeu a Casa e a Capela à Câmara, em 1856, que se instalou neste espaço, onde ainda hoje se encontra. A capela, sem utilidade de maior, conheceu uma progressiva ruína, até ao seu restauro nos anos setenta do século XX, abrindo de novo as suas portas em 1976.
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Torre Relógio Velho – Mangualde
A Torre do relógio velho encontra-se onde se ergueu o antigo Bairro do Relógio Velho, sendo o verdadeiro centro histórico, onde estão as memórias medievais. A Torre teve também ela fundação medieval onde o toque de uma sineira chamava os homens bons para as reuniões do concelho e onde, mais tarde permitiu à comunidade medir o tempo.
Em 1982 esta Torre foi classificada como imóvel de valor concelhio.
Segundo a tradição local, a Torre do Relógio Velho é uma reedificação da velha torre sineira medieval que se erguia no centro de Mangualde. Esta nova estrutura terá sido construída em finais do século XVI, inícios do século XVII, num gosto vincadamente maneirista.
De planta quadrangular, a Torre do Relógio Velho caracteriza-se pela robustez e sobriedade dos volumes. Na fachada principal, a norte, rasga-se a única entrada para o interior da torre, uma porta de vão rectangular, no eixo da qual se abriu, no pisos superior, uma janela de moldura rectangular. Na fachada oposta foi aberta uma outra janela, também rectangular. Na fachada este, além de uma janela, foi insculpido um relógio de pedra com numeração romana. O conjunto é rematado com coruchéu piramidal, com uma sineira de granito e pináculos a cada um dos cantos.
O interior é um espaço único, possuindo uma escada de ferro com três lanços, que permite o acesso até metade da altura da torre.