Tibaldinho - o Bordado de Tibaldinho
Trata-
Segundo António Teixeira de Sousa, terá surgido na casa de Santa Eufémia também referenciada como “Casa de Tibaldinho”.
O saber bordar deu origem a uma nova atividade: bordadeira. Há mais de cento e cinquenta anos que as mulheres de Tibaldinho e de outros lugares da freguesia de Alcafache romperam o círculo fechado de uma magra economia de subsistência, passando a contribuir, com dinheiro obtido com a venda dos bordados, para o sustento familiar. A importância que o bordado tinha na economia familiar é-
Atualmente as bordadeiras executam bordados por encomenda e a gosto do cliente.
Este bordado constitui um caso especial entre os bordados tradicionais portugueses e mais do que uma imagem, um conjunto de pontos e motivos constitui uma atividade a que corresponde um produto, único, pelo seu valor patrimonial e simbólico.
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Banda de Lobelhe do Mato - Sociedade Filarmónica Lobelhense
A Sociedade Filarmónica Lobelhense foi fundada em 25 de Maio de 1863, tendo sido registada em Cartório Notarial em Viseu com o nome de “Contrato e Aprendizes de Música”.
Foi seu fundador o Senhor António José Monteiro Mortede.
A Escola de Aprendizes de Música iniciou-se com cerca de 15 alunos.
Foram Maestros da Sociedade Filarmónica os Senhores António Dias Balbim de Freitas, António José Monteiro Mortede, António Monteiro de Rego, António Ribeiro das Neves, José Pinto Rosa, Alberto Santos Pinto, Júlio Teles Ferreira, Manuel Santos Costa, António Monteiro Fernandes, António Almeida Amaral, António Abrantes Neves, António Manuel Henriques Serra e José Carlos Ribeiro Abreu. É de louvar o trabalho desenvolvido por todos os maestros quer na transmissão de valores e experiência quer na transmissão de conhecimentos culturais.
A Associação denominada Sociedade Filarmónica Lobelhense foi constituída por escritura em 9 de Abril de 1982, tendo como finalidade a Promoção Cultural dos Sócios, através da Educação Cultural e Acção Recreativa, visando a sua formação humana integral e encontrando-se aberta a pessoas de ambos os sexos.
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A Banda de Abrunhosa-a-Velha
A Associação Humanitária e Cultural de Abrunhosa-a-Velha teve o seu início em 1872 com apenas oito elementos, sob a orientação do Professor António da Costa Pais.Em 1882 foi-lhe atribuído o nome “Filarmónica da Boa União” contando já com 25 elementos. Por volta de 1938 foi interdita pelo Pároco devido ao desentendimento deste com a Direcção da Filarmónica. Esta interdição só foi levantada passado cerca de dez anos, sob o pagamento de mil escudos por ano, passando a ser denominada Associação Humanitária e Cultural, nome que hoje ainda mantém.
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Moimenta Maceira Dão - Igreja Paroquial
Igreja do século XVIII, o altar é Joanino, é de 1780 a licença para a construção da igreja. Em 4 de Agosto de 1739 foi concedida a licença para o altar de Stª Bárbara erecta em Moimenta de Frades. Dois castiçais de estanho joaninos. tem três altares (manuelinos) 1 cadeira com hissope do século XVI. O altar mor foi mandado restaurar pelo há cerca de dez anos. Os altares laterais do século XVIII vieram do convento de Maceira Dão. Tem pia baptismal, dois pios de água benta. O tecto da capela está pintado, Dizem que se tirar a tinta, encontrar-se-ão pinturas primitivas. Encontra-se também um cadeirão com as letras AM. Os dois tocheiros e a cadeira de espaldar são estilo D. José. A cadeira é manuelina do século XVI e o cálice é do século XVII.
Nª. Srª. das neves é de pedra de ança, e data do século XVIII e a coroa é de prata do século XVII. esta imagem foi restaurada há dez anos. Foi aqui que se instalou primitivamente os beneditinos. Na sacristia há mais três imagens: Nª. Srª. do Rosário (tem um rosário do coral) dos fins do século XVII; Stª Barbara, tem um menino ao colo; S. Sebastião, tem o olhar muito tranquilo.
As três imagens são de madeira. Bandeira com imagem primitiva da Srª das Neves.
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CASA DE QUINTELA
Foto: Direcção Geral dos Edificios e Monumentos Nacionais,
Localizada no Lg Francisco de Tavares, antigo proprietário e presidente da Câmara de Mangualde, encontra-se este belo edifício classificado como Imóvel de Interesse Público.
Delimitada por um muro, cujo portão ostenta as armas dos Morais e Pintos, a propriedade é composta por vários corpos (jardim, casa principal, casa dos caseiros, celeiros, estábulos, adega, etc.). Casa principal orientada a Noroeste com dois pisos.
Na generalidade trata-se de um edifício simétrico com escassa decoração. As cantarias mantém vestígios das construções anteriores, nomeadamente na zona da torre arruinada e da loggia. Alçado tardoz com entrada através de pequeno átrio, sobre o qual se ergue pequena loggia. Manutenção das dependências agrícolas. Pequena sacada prolonga algumas das janelas de peitoril.(Matias e Carvalho, 1997 e 2000).
Na época medieval ter-se-ia verificado a construção de um edifício neste local, sendo o actual edifício construído no século XVI, que foi reconstruído no século XVIII. Relatos familiares referem, inclusivé, a existência de uma torre que caiu em 1717. (Cardoso, 1994, p. 45)
Actualmente a casa encontra-se transformada em Turismo de Habitação, por iniciativa do Eng. João Carlos de Ataíde e Arriaga Cunha Cabral, pai do actual proprietário, Eng. Joaquim Miguel Vasconcelos Melo Arriaga Tavares.
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CAPELA DE S. PEDRO Em Quintela de Azurara
Foto: Arquivo do Rancho Folclórico "Os Azuraras"
Hoje já pouco resta desta capela, sendo ainda reconhecível o seu local no actual Largo do Rolo.
Esta capela deverá ter sido benzida em 1714 data em que foi dada a respectiva licença1 por D. Jerónimo Soarez, bispo de Viseu, aos 13 de Março.
Esta licença tinha sido requerida por Pedro Inácio de Albuquerque, sua mulher D. Maria Ignácio e sua mãe sogra, D. Maria do Amaral, tendo como justificação o facto de terem família e ser suplicante sua mulher e sogra já velha, que muitas vezes não podia ir à missa à igreja.
A capela estava num pátio mas com porta para a rua, e segundo o pároco que a inspeccionou estava provida com os ornamentos necessários para nela de poder celebrar.
Segundo as Memórias Paroquiais de 1758, esta capela pertencia aos administradores das suas fazendas.
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SOLAR de QUINTELA de AZURARA
A risonha aldeia de Quintela de Azurara também se pode orgulhar de ter entre o seu casario uma casa solarenga onde, ao longo dos tempos, se reuniram os apelidos Morais, Pintos, Melos, Ataídes, Arriagas, Tavares e Cabrais. Trata-se de uma construção, provavelmente medieval, mas reconstruída na 2ª metade do século XVIII. Relatos familiares referem, inclusive, a existência de uma torre que caiu em 1717. Na sua feição actual, a casa não apresenta grandes voos decorativos. Apenas ressaltam as janelas da fachada principal pela cornija curva que ostentam.
Todo o resto se insere no estilo de construir, comum neste tipo de casa. O portão que se lhe encosta à direita é encimado por um frontão de construção recente, ladeado de volutas, onde se cravaram as armas da família com os apelidos Morais e Pintos. Todo este conjunto permite um acesso condigno à casa e à quinta anexa.
A capela foi substituída por um oratório interior que permitia, da mesma forma, manter vivo o culto religioso. Este solar pertenceu a José Tavares d’Athaíde da Cunha Cabral (Foi Presidente da Câmara Municipal de Mangualde nas décadas de 50 e 60 do século XX). Deixou-o em herança a seu sobrinho Eng. João Carlos d’Athaíde e Arriaga Cunha Cabral, que o restaurou e transformou em turismo de habitação.
Dos seus antepassados destacamos, no século XVIII, António Pais Teixeira Cabral, senhor do morgado e prazo de Quintela, casado com D. Rosa Leonor de Morais Pinto Cardoso de Miranda, natural de Rio Torto, Chaves. O referido casamento trouxe para esta família os apelidos Morais e Pintos.”