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Citroën Mangualde desde 1962
A história do Centro de Produção de Mangualde começou a ser escrita em Setembro de 1962 em Paris, com a decisão da construção da fábrica em Mangualde.
A produção começou em Fevereiro de 1964, o primeiro veículo made in Centro de Produção Mangualde, foi o carismático 2CV (modelo AZL).
A produção nesse ano foi de 472 veículos, à cadência de 2 por dia.
O 2CV resulta de uma reflecção feita no início dos anos 20, segundo o conceito de veículo popular. Estes estudos (concretizados a partir de 1936) dão origem a um primeiro modelo, cuja apresentação e comercialização esteve prevista para Outubro de 1939, mas viria a ser cancelada em função da declaração da 2ª Guerra Mundial. Parcialmente modificado, o 2CV é apresentado oficialmente no Salão de Paris de 1948. A sua produção é iniciada no ano seguinte na fábrica de Levallois e termina apenas 42 anos depois a 27 de Julho de 1990 no CPMG.
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IGREJA MATRIZ DE SÃO JULIÃO
A igreja levantada tão longe do povoado deriva de um pequeno monasterium estabelecido nesse lugar nos meados do séc. XII por um tal Pedro Sesnandes rico de haveres e de piedade.
No começo do séc. XII, transforma-
A atual igreja é de fundação dionisíaca do séc. XIII-
A Capela-
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Ana de Castro Osório
Nasceu em Mangualde em 18 de Junho de 1872
Professora, publicista, feminista, republicana e escritora de contos, romance e sobretudo de literatura infantil
faleceu em Setúbal em 23 de Março de 1935. Era filha de D. Mariana Osório de Castro Cabral de Albuquerque, família nobre da beira e o pai Dr. João Baptista do Castro era magistrado e bibliófilo.
Seus pais casaram em 1866 no Fundão e mudaram-se para Mangualde onde seu pai era Conservador do Registo Predial. Seus pais apoiaram as actividades politicas e sociais da filha, tendo a sua mãe ajudado na na publicação de revistas e nas associações feministas.
As origens de sua mãe eram consideradas ilustres "filha do Tenente General José Osório de Castro Cabral de Albuquerque que, quando Governador de Macau, casou com Ana Doroteia Moore Quintius, de nacionalidade holandesa. As obras redigidas por esta escritora Mangualdense foram de tal impacto que foram traduzidas para espanhol, francês e inglês.
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16 de Outubro de 1945 nasce o Grupo Desportivo de Mangualde.
Filiado na Associação de Futebol de Viseu em 1945, teve como primeiro Presidente o Sr. António da Costa Albuquerque.
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Patronato de Mangualde
História do Patronato
O Patronato nasce na década de trinta do século passado.
A Europa vivia um período conturbado – Crise de 1929, Guerra civil espanhola (1936-39) e início da 2ª Guerra Mundial.
Eram tempos muito difíceis. As necessidades da paróquia, para o apoio social, eram grandes. Surge então, da parte do saudoso Monsenhor Manuel da Cruz Ferreira Monteiro, a ideia de fundar uma casa que acolhesse, durante o dia, os filhos das empregadas, enquanto trabalhavam.
A pastelaria aparece para apoiar financeiramente, não só o Patronato, mas também as obras sociais da Paróquia. É assim que a D. Maria Amélia Ortiz Ribeiro intervém, dirigindo a cozinha e a confeção de bolos. Foi ela que trouxe as receitas da doçaria conventual, de que se destaca, desde a primeira hora, o bolo regional, o bolo de azeite, os caramujos ou jesuítas, os papos de anjo e as saborosas lampreias de ovos.
É também das suas mãos que aparece o famoso pastel de feijão. Tem o formato do clássico pastel de nata, mas é um pouco mais pequeno. A sua massa é mais espessa, sendo o recheio diferente. Mais tarde aparecem as “Meninas do Patronato” que continuaram a Obra.
Hoje a Pastelaria do Patronato tem fama a nível regional e nacional, mantendo-se nos moldes tradicionais, mas com outra orgânica. A tradição mantém-se na produção de doces e bolos, mas também se confecionam outras iguarias. Bastante procurados são também os bolos de aniversário, o bolo-rei, as cavacas, as filhoses, as bolas de carne e as tão apreciadas empadas.
No entanto o doce mais famoso do “Patronato” é, indubitavelmente, o pastel de feijão.
fonte (paróquia de mangualde) Assinado por: Dr. António Marques Marcelino
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Ceifas, malhas e desfolhadas
O milho grosso, introduzido em Portugal no século XVI, foi-se difundindo por todo o país, mais rapidamente numas que noutras regiões. É de crer que cedo tivesse subido os vales do Mondego e do Dão, mas só a partir do século XVIII se começou a generalizar o seu cultivo.
é tradicional a cultura dos cereais de pragana. Desde muito cedo, talvez desde o Neolítico Peninsular, que aqui se cultiva o trigo, o centeio e a cevada, indispensável à fabricação do pão que, com a castanha, constituíram, durante muitos séculos, a base da alimentação das gentes desta região.
Nos últimos dois séculos, porém, a base alimentar do beirão sofreu gradualmente significativa alteração. Assim, enquanto que os cereais de pragana cederam parte do seu papel alimentar a um outro cereal novo — o milho grosso de maçaroca — a castanha foi substituída pela batata.
por volta dos anos sessenta, todo este trabalho era feito pelo braço das ceifeiras, ceifeiros e malhadores.
Além dos cereais, ceifa-se também a erva de semente, deixada crescer nos lameiros para garantir a sementeira dos pastos do ano que vem e ainda a erva para a manjedoura do gado e o feno para o Inverno. A erva de semente é ceifada antes de secar completamente para que se não debulhe ao ceifar e, em seguida, é atada em molhinhos que, pela sua semelhança com uma figura de mulher sentada no chão, ao serem postos na vertical, são chamados «meninas» ou «bonecas».
Uma vez criado o cereal, homens e mulheres, vergados sob sol ardente, empunhando seitoiras (foices) e delineando o eito de acordo com o número de ceifeiros, atacavam decididamente a seara. Nas últimas décadas, a par da seitoira, passou também a usar-se a gadanha. É uma folha de aço meio curva e muito bem afiada, munida dum cabo da altura do ceifador que permite ao gadanheiro segar de pé, agarrando com a mão esquerda na ponta do cabo e, com a direita, numa pequena mãozinha cravada transversalmente ao meio do cabo. Atrás, alguns homens iam atando com vincelhos o cereal ceifado em molhos que depois se dispunham cuidadosamente em montes, construídos de forma cónica, de modo a que o cereal fosse secando pela sua disposição ao sol e, ao mesmo tempo, ficasse protegido contra os eventuais aguaceiros da época. A estes amontoados de molhos de cereal chama-se na região rolheiros, se contêm menos de uma dúzia de molhos, e medas, se o monte é maior, comportando, por vezes, várias dezenas de molhos.
Malha do cereal de pragana
Ceifa do milho