Quintela de Azurara - FONTE DOS LINHARES
Data de 1773. a Fonte era abastecida por uma mina.
Localiza-se na Quinta dos Linhares, na periferia da povoação da Quintela de Azurara, na encosta entre a Ribeira de Ludares e a actual capela da Sr.ª da Esperança.
Num terreno de cultivo, debaixo de uma frondosa árvore, estava enterrada uma fonte que foi posta a descoberto pela lavra da terra, o que provocou o seu desmantelamento.
Trata-se de uma fonte de chafurdo com uma estrutura em pedra aparelhada, com um frontispício constituído por um nicho encimado por uma cruz, ambos ladeados por duas volutas.
O acesso fazia-se por dois patamares de pedra, que formavam uma pequena escada.
Na pedra que se encontra tombada lêem-se as seguintes inscrições: “ 1773” e “QUINTA DOS LINHARES...”
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Abadia, Espinho - CAPELA DE ST.ª LUZIA
Cruzeiro no largo formado por um fuste.
Foi reconstruída em 1959. A imagem de St.ª Luzia é primitiva. A capela foi reconstruída na mesma data da Abadia. O nicho em pedra onde está colocada a imagem estava numa das paredes da antiga abadia.
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GANDUFE - CAPELA DA SR.ª DOS VERDES
Retábulo da 1ª metade do século XVIII.
O trono e os nichos laterais são posteriores.
Imagens de S. Miguel, Sr.ª dos Milagres, Sr.ª dos Verdes, S. Frutuoso e S. Sebastião.
O Sacrário, trono e os nichos são do século XIX.
Campanário com relógio antigo.
Segundo a lenda, depois de uma grande seca que se fez sentir na região, as pessoas recorreram a Nª. Srª. para que lhes valesse e olhasse pelos seus campos.
A prece foi ouvida e veio a chuva fertilizando os campos e salvando as culturas.
Em agradecimento a Nª. Senhora, erigiram-lhe uma capela a que deram o nome de Nª. Srª. dos Verdes, por ter tornado verde todos os campos, fonte de rendimento para o sustento das famílias.
A seguir à Igreja Paroquial é a maior igreja da freguesia, e possui um bonito altar em talha dourada. Possuía também um relógio com funcionamento através de mecanismos no interior da sua torre, é pena que hoje só existam vestígios.
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Mangualde - Citânia da Raposeira
Este sítio arqueológico é um lugar que corresponde ao que os Romanos designariam por Mansio ou mutatio.
Estamos, assim, perante uma estalagem romana, de natureza pública ou oficial, situada junto ao cruzamento de duas importantes estradas imperiais.
A estalagem, construída nos inícios do século I d. C., estaria dotada das instalações indispensáveis ao desempenho da sua função enquanto área de descanso e abastecimento: da área termal às cozinhas e aos quartos de dormir, dos armazéns e estábulos a uma forja.
Seria, portanto, quer um local de pernoita quer de paragem breve a meio de um percurso, onde os cavalos recuperavam forças e os viajantes poderiam relaxar o corpo nas termas e o espírito na taberna.
Interessante é o espaço das termas, com a sua área de fornalha que podemos observar e que caracteriza melhor a romanidade do local – reflete, antes de mais, uma forma de higiene pessoal, mas, enquanto espaço de encontro e distração, testemunha também um hábito social profundamente enraizado na sociedade romana.
Um povoado amuralhado de origem proto-histórica – implantado no monte da Senhora do Castelo – erguia-se e servia de cenário de fundo à estalagem romana.
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Tibaldinho - Cruzeiro da Lama
o Cruzeiro da Lama tem um papel importante na distribuição da malha viária romana que atravessava Mangualde.
O Cruzeiro da Lama seria o nó a partir do qual as várias ramificações partiriam; não só para o actual concelho de Mangualde, como para o actual concelho de Nelas
1- Saindo do Cruzeiro da Lama passaria por Tibalde, passando entre Fornos do Dão, Vila Garcia e Tabosa dirigindose à Roda, indo dar directamente a Mangualde, na zona de São Cosmado - Ançada - (Em São Cosmado foi encontrada a Placa honorífica que fala do Castellum Araocelensis – que pode ser a Mangualde Romana - passando junto ao sítio onde mais tarde foi construida a Igreja Matriz de Mangualde).
2- Pela zona do Mosteirinho a via seguiria por Lobelhe do Mato, Moimenta do Dão, Gandufe e Espinho e continuando para terras de Senhorim. Mas, na zona de Moimenta do Dão, na nossa opinião, a via bifurcaria em direcção a Mangualde, passando entre Água Levada, Pinheiro de Baixo, Santa Luzia / Santo Amaro, entroncando na zona de Ançada – São Cosmado e entrando em Mangualde. De referir que também nesta linha são abundantes os sítios arqueológicos romanos.
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Aldeia de Carvalho - Ermida da Senhora dos Prazeres
Ermida da Senhora dos Prazeres – Aldeia de Carvalho. Foi construída em 1673 e pertence à Irmandade com a mesma invocação.
Está nesta ermida erecta uma Irmandade cujos estatutos foram aprovados a 13 de Novembro de 1673, tendo no mesmo ano recebido uma bula de indulgência do papa Clemente X.
O pároco de 1758, na sua memória (37), refere que nos altares colaterais estavam uma imagem de S. Vicente e uma imagem da Virgem, dita a Velha, por ser a primeira imagem da padroeira. Hoje em dia no seu interior já nada resta a não ser o púlpito no lado esquerdo do corpo da igreja. As imagens encontram-se em simples e incaracterísticas peanhas de cimento.
Em 1866 em cumprimento de uma portaria régia os bens desta Irmandade foram arrolados e avaliados (38). Tinha nesta data quatro prazos compostos por diversas propriedades, a saber:
1. Prazo composto por um bocado de terra de milho e vinha com oliveira junto da Capela do qual o arrendatário pagava 2 alqueires de milho e 1 frango.
2. Prazo composto por uma terra de centeio e videiras no mesmo local e que rendia 1 alqueire e uma quarta de milho.
3. Prazo composto por uma terra de centeio na Qt.a das Poldras, uma belga de tojal na Cruz Alta e uma belga de vinha no Redondeiro, todos no limite de Tibaldinho e que rendiam 200 reis.
4. razo composto por um pinhal na Costa Rodela, limite de Casal Mendo, e que rendia 1 alqueire e uma quarta de milho.
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CINETEATRO DE MANGUALDE
Nascido da vontade de alguns Mangualdenses, apoiados numa vaga de fundo que proclamava por um espaço digno para a exibição de teatro e cinema na então proclamada Vila de Mangualde, em finais da década de 40 do século XX
O Cineteatro de Mangualde progecto arquitectónico de keil do Amaral veio a construir-se no extraordinário equipamento cultural de toda uma região.
Exemplar de belo desenho arquitectural o cineteatro foi então á semelhança do teatro que anteriormente existiu, curiosamente ao lado deste uma estrutura cultural por onde, ao longo de várias décadas múltiplas companhias de espectáculo exibiram as suas melhores peças e os seus melhores actores, e excelentes filmes foram projectados.
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Anta de Cunha Baixa
A Anta de Cunha Baixa é um monumento megalitico, situado em Cunha Baixa, concelho de Mangualde, distrito de Viseu. Está implantado numa área de vale aberto próximo do Rio Castelo, entre as aldeias de Cunha Baixa e Espinho.
Monumento megalítico de câmara e corredor datado entre 3000 e 2500 a.C. remontando assim muito possivelmente ao periodo Celta. A câmara é poligonal com nove esteios e uma cobertura. O corredor é longo com oito esteios de cada lado e cobertura.
Trata-se de um exemplar de enterramento colectivo.
As investigações puseram a nu esteios pintados e gravados e os materiais exumados apontam para uma fase tardia de megalitismo na região.
A construção data de cerca de 5000 anos e teve uma utilização até tarde, uma vez que os últimos materiais aí depositados são da Idade do Bronze.
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ALCAFACHE - Igreja Paroquial
Foi construída em finais do século XVIII, entre 1784 e 1796. A licença para a bênção da primeira pedra foi passada em 21 de Julho de 1784 e a bênção foi realizada no dia 15 de Agosto do mesmo ano. Em 14 de Julho de 1796 foi passada licença para o cónego Manuel Cardoso de Faria benzer a nova Igreja.
O Orago da freguesia é São Vicente, um jovem diácono da Valência, nascido em Huesca. Segundo a tradição, foi perseguido por Daciano, Prefeito de Roma, que o arrastou sobre grilhões para Valência onde foi metido numa masmorra. Enfrentou com serenidade duras provas de açoitamento, flagelação das carnes e prova de fogo. Após a sua morte, para evitar o culto das relíquias, Daciano deu ordem para que os soldados lançassem o corpo de Vicente num pântano, mas dois corvos portaram-se como verdadeiros guardiões junto do corpo abandonado, defendendo-o de ataques de outros animais. Perante isto, Daciano mandou atar uma mó ao corpo do santo e ordenou que o atirassem ao mar, mas o corpo aportou à praia. Uma mulher ao passar reconheceu o corpo e todo o povo acorreu a tumulá-lo.
No ano de 313, Constantino acedeu ao trono e concedeu a liberdade de culto aos cristãos, desenvolvendo-se assim a devoção à volta do túmulo de São Vicente.
Aos poucos, o culto deste santo, mártir de Valência, espalhou-se por toda a baixa mediterrânea.
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Tibaldinho - A Banda - Sociedade Filarmónica de Tibaldinho
Sociedade Filarmónica de Tibaldinho
Em 24 de Dezembro de 1901, enquanto as jovens da terra manufacturavam os, ainda hoje famosos, Bordados de Tibaldinho, eis que um grupo de cinco tocadores se reúne para lhes cantar uma serenata.
Terminada esta, dirigem-se para a igreja e participam na "missa do galo". Sempre bem coordenados pelo Professor Loureiro, é dado o primeiro passo para a formação da hoje denominada Sociedade Filarmónica de Tibaldinho.
Durante todos estes anos foi orientada por vários Mestres, que sempre se entregaram abnegadamente à causa da música, fazendo com que o gosto por esta arte fosse transmitido de pais para filhos e de amigos para amigos.
Os anos vão passando e o principal marco histórico desta Filarmónica acontece quando o Senhor Fernando Pais Loureiro e a sua esposa D.a Maria Gomes Fernandes, com muita generosidade, oferecem o terreno para a construção da sede, sonho realizado com a construção da mesma em 1982.
Fazendo honrar os propósitos dos seus antepassados, há muito que a Sociedade Filarmónica de Tibaldinho demonstra o seu valor através de participações tanto profanas como litúrgicas, percorrendo o território nacional.