Gravuras Rupestres de Espinho - Mangualde
Gravuras rupestres inscritas na rocha localizadas num caminho em terra a cerca de cem metros da estrada junto ao rio.
O Arqueossítio de Arte Rupestre implantado junto ao rio S. Pedro, nas proximidades da localidade de Abadia de Espinho, conhecido por "Complexo rupestre da Quinta da Ponte" é um conjunto de gravuras rupestres feito sobre um afloramento granítico junto a um moinho em ruínas.
Neste conjunto destaque para o grupo de antropomorfos de interesse e inédito, onde ao contrário do que é normal, algumas figuras apresentam um certo movimento caracterizado pela posição dos membros superiores e dos pés.
Localiza-se na margem direita do rio nos terrenos do Passal, na Abadia de Espinho.
Trata-se, na verdade, de um afloramento granítico, cuja superfície foi aproveitada, durante a Idade do Bronze, para a gravação de elementos cruciformes, quadrangulares e circulares, para além das vulgares "covinhas" (bastante difundidas, aliás, em toda a zona norte do país) e de alguns antropomorfos, sobressaindo estes últimos pelo movimento dinâmico que lhes foi conferido mediante a forma como os respectivos membros foram posicionados.
Cronologicamente inseridas na Idade do Bronze, as gravuras poderão ser inseridas no contexto da tipologia do grupo I estabelecida para a Arte rupestre pós-glacial, genericamente conhecido por Antigo ou Clássico, em face da sua maior perduração temporal e acentuada caracterização da denominada "Arte do Noroeste Peninsular", abrangendo as especificidades formais normalmente atribuídas às gravuras "Galego - Atlânticas", cuja distribuição geográfica parece denunciar um predomínio claramente costeiro.
E apesar de surgirem neste agrupamento elementos tão diversificados quanto meandros, linhas rectas e curvas e, ainda, zoomorfos, os motivos prevalecentes revelam-se os círculos simples e, sobretudo, concêntricos.